Em entrevista como prefeito eleito de Natal, Carlos Eduardo
destacou que é preciso recuperar a cidade.
O senhor assume a prefeitura a menos de quinze meses da copa. É possível reconstruir Natal até lá?
Reconstruir Natal nesse prazo é fora de propósito. O que vamos fazer é nos 200 dias regularizar a situação da coleta do lixo, recuperar a malha viária, garantir o início do ano letivo e iniciar um processo para que as unidades de saúde voltem a atender os pacientes. Além disso, estamos correndo para tentar executar as obras de mobilidade e de drenagem relativas à Copa do Mundo, mas o prazo de fato é bastante exíguo e não há como garantir que dará tempo de realizá-las em apenas 15 meses.
O que muda neste mandato em relação ao primeiro?
Cada tempo com uma realidade. Agora, o desafio é maior pelo tamanho do caos instalado na cidade com o lixo tomando conta das ruas e pela discrepância entre receitas e despesas. Vamos ter que cortar despesas e otimizar os recursos. No mais não muda muita coisa, vamos manter uma equipe técnica e preparada para o exercício dos cargos para os quais serão nomeados e esperamos contar com a parceria do governo federal na execução das obras e serviços que Natal merece e precisa.
Em linhas gerais, quais são os eixos que nortearão o seu mandato?
Primeiro é reestabelecer a credibilidade da Prefeitura. Hoje, o município deve a muitos fornecedores e prestadores de serviço. Temos que recuperar essa credibilidade e também dar transparência e mostrar eficiência no gasto público. A partir daí vamos desencadear as ações que já falei acima e resgatar a auto-estima do natalense.
Sua candidatura uniu partidos de diversas colorações ideológicas. O que o senhor fará para acomodar cada um deles em sua gestão?
Em primeiro lugar é preciso dizer que todos os que nos ajudaram na conquista eleitoral e também os que não nos ajudaram estão agora convocados a unir esforços por Natal. Fui eleito para tirar Natal do caos em que se encontra e esse é o objetivo, o norte que irá orientar a gestão com a participação dos aliados e de toda a sociedade.
O senhor oficialmente não anunciou o nome de nenhum secretariado. Quais são os critérios que você utilizará na escolha dele?
Os critérios são os mesmos adotados na gestão passada. Serão técnicos com sensibilidade política, cada um com perfil adequado para o cargo que irá exercer, comprometidos com a lisura e honestidade na gestão do dinheiro público.
Em detalhes o que significa o Mutirão dos 200 dias?
Acredito que essa resposta já foi dada na pergunta anterior.
De onde o senhor espera conseguir apoio para a execução os projetos e plano do seu governo?
De todo lugar. Vamos bater a porta de outras esferas de governo e também de entidades públicas e privadas que possam ser nossas parcerias nesse propósito de levar adiante um plano de recuperação de Natal.
Natal tem um dos piores serviços de transportes dos pais. O que o senhor fará para melhorar o setor?
Nossa proposta apresentada na campanha eleitoral é realizar a licitação do sistema como um todo. Na gestão anterior não pudemos fazer porque havia uma decisão judicial que garantia aos permissionários que continuassem com a concessão dos serviços.
Mas o prazo da decisão judicial se esgotou em 2010 e agora temos que fazer essa licitação estabelecendo metas e obrigações de parte a parte.
Qual será o papel de Wilma de Faria na administração?
A ex-governadora Wilma de Faria tem bastante experiência administrativa e tenho certeza que poderá nos dar uma importante contribuição nessa fase tão difícil da vida da cidade.
Natal é uma das capitais com menos área verde do país. O que o senhor fará para reverter essa situação?
Temos que retomar o projeto de arborização da cidade. A cidade tem sua produção própria de mudas com a qual pode e deve estimular o plantio de novas árvores tanto nas áreas públicas como com a população em geral para que mantenham e plantem árvores em áreas privadas.
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